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Teste de empatia

Após dias tranquilos no Palácio do Planalto, a possibilidade de ter contraído o vírus do Covid-19 fez com que o Presidente da República voltasse ao topo dos assuntos do momento, e juntamente da expectativa pelos resultados dos testes, mais um questionamento paira sob a sociedade brasileira; devemos ter empatia?

Durante os últimos meses o Governo Federal estabeleceu como sua principal arma no combate ao Coronavírus a diminuição do poder do vírus. Enquanto os órgãos de saúde do mundo, inclusive a autoridade máxima do tema, a OMS, alertavam sobre o potencial devastador da pandemia do Coronavírus, o chefe do Executivo brasileiro minimizava de modo debochado a pandemia que assolava o País. Pois bem, para quem acredita em “karma”, a hora pode ter chegado.

Passeios por Brasília, encontros dos mais informais possíveis, aglomerações que eram apoiadas pelo próprio Presidente e todos esses eventos contavam com uma similaridade em particular: cuidado zero.

Máscara de proteção? Distanciamento social? Aqui não! Era o que Jair Bolsonaro deixava cada vez mais nítido toda vez que ia a publico.

Em abril, por exemplo, o Presidente ridicularizou a marca de mais de 300 mortos em 24 horas - um recorde negativo a época – expressando toda sua falta de empatia para com o povo em uma frase simbólica: “Não sou coveiro!”.

Essas atitudes são tomadas ao mesmo tempo em que o seu povo agoniza econômica e socialmente, parece nos afastar de qualquer tipo de empatia para com o Presidente.

Espero que o leitor entenda que não estão sendo emanados maus agouros a partir dessa publicação, mas caso a situação se confirme e Bolsonaro teste positivo para o Coronavírus, o que devemos fazer? 

Mesmo que todo o cenário nos faça pensar o contrário e que o Brasil esteja à deriva em um mar tão turbulento e sem previsão de calmaria, só nos resta torcer que no caso do Presidente esse vírus realmente não passe de uma gripezinha...