Com a pandemia do Coronavírus estabilizada dentro da nossa realidade, fomos forçados a entendermos a nossa realidade de um novo jeito. Um jeito paralelo, cheio de restrições e recomendações, mas que no final das contas não parece ser tão ruim como se pinta. Principalmente no mundo esportivo.

Lógico que quando falamos em esporte remetemos nossas lembranças aos atletas, as torcidas, as emoções... Mas o quão diferente está?

No último domingo, 05, tivemos um belo exemplo de que as coisas não estão tão aquém do nosso ‘antigo normal’. Em Spielberg, na Áustria, tivemos a abertura da temporada de 2020 da Fórmula 1. Um esporte antigo, luxuoso e cercado de repórteres, o circo teve de se acostumar á um cenário bem mais modesto. Por exemplo, em um grande prêmio normal haveria a presença de 800 profissionais da imprensa, nessa nova realidade o número foi reduzido para 200.

Porém, nada disso atrapalhou o espetáculo. O que vimos nesse evento inaugural foi uma corrida do jeito que o fã de automobilismo gosta; cheia de surpresas, colisões, disputas em pista, punições e um resultado final surpreendente! Lando Norris, piloto inglês da McLaren e também o caçula da categoria com 20 anos, alcançou seu primeiro pódio após 21 corridas. Um resultado incrível para a equipe e para o piloto, exemplificando bem os novos tempos na categoria – que sofria com o domínio constante da Mercedes e do hexa campeão Lewis Hamilton, que terminou em 4° nesse GP.

O interessante nesse cenário é ver que: em primeiro lugar a Europa tem dado o exemplo na questão da prevenção ao Coronavírus a ponto de ir retomando suas atividades normais de modo gradativo e consciente. E isso não somente no âmbito esportivo, mas em toda a sociedade do continente, os efeitos positivos da quarentena começam a surgir exponencialmente.
E segundamente, o novo normal do qual estamos falando também inclui a prevenção! A retomada das atividades é totalmente imprudente e insignificante se não nos atentarmos as novas regras do cotidiano. E sejamos sinceros, abusar do negacionismo em relação a uma pandemia é navegar nos mares da ignorância.

Agindo assim, fica cada vez mais claro que esse novo normal não é tão anormal assim.